A CDU deu-me uma oportunidade singular de ser primeiro da lista à Câmara Municipal de Ourém. Em nenhum outro partido isso me era permitido. No PSD em que até a luta por um 2.º lugar provoca faísca entre as duas tradicionais famílias, nunca eu poderia chegar a um lugar elegível. No PS eu nunca teria lugar, porque sempre teriam de me castigar a contestação aberta às medidas iníquas de Sócrates.
E também nunca eu me sentiria confortável num PSD local minado por interesses, intrigas e "golpes palacianos", para usar a mesma expressão de Frazão.
E nunca eu me sentiria confortável no PS ao lado dos apoiantes declarados de Sócrates e das suas políticas. De nada vale Paulo Fonseca vir dizer que discorda de muito do que foi feito pelo governo, se ele e António Gameiro ocuparam cargos de enorme relevo político durante mais de 4 anos. A um e a outro eu escrevi enquanto cidadão a propósito de assuntos relacionados com a vida das escolas, nem um nem outro sequer me respondeu. Se verdadeiramente se opunham às medidas do governo, porque não tomaram posição como fizeram outros dentro do partido?
A CDU tornou-se assim o único "refúgio" para quem ainda acredita que juntos podemos trabalhar para o bem comum, para quem acredita que o mundo gira para todos e não para servir interesses de alguns.
Concorrer por uma coligação que em Ourém tem tido pouco acolhimento é também um símbolo de que não procuro benefícios pessoais, é o símbolo do desprendimento com que se deve trabalhar para o bem comum, mesmo tendo que ouvir que as nossas ideias são boas, mas que o partido deveria ser outro. Mesmo ouvindo que as pessoas concordam connosco, mas rejeitam o partido.
O partido, a coligação, não podia ser outro, porque nenhum outro tem estes ideais. Em nenhum outro eu tinha lugar. Por isso, a quem reconhece que pensa como nós, que pensa como eu, candidato independente, apelo a que não adie o momento. Este é o momento de votar CDU. Por uma vida melhor!
Estás em casa!...
ResponderEliminarDr. João Filipe Oliveira: não o posso felicitar pelos resultados eleitorais mas não quero deixar de o felicitar pela correcção e forma dialogante com que debateu os seus pontos de vista, alguns dos quais também partilho como tive oportunidade de referir noutro local. Gostei de conversar consigo noutro blog. Bem haja!
ResponderEliminarCarlos Gomes
Caro Carlos Gomes, agradeço os cumprimentos. A única forma de fazer política que me interessa é a da discussão de ideias e opiniões. O resultado em número de votos não foi realmente expressivo, mas o balanço é muito positivo porque ajudámos a trazer para a campanha alguns temas que consideramos da máxima importância. No passado já assistimos a muitas vitórias que se revelaram vazias de conteúdo, como foi reconhecido pela penalização que os eleitores traduziram em votos nas eleições seguintes.
ResponderEliminarO objectivo de contribuir para o debate foi plenamente alcançado dentro das limitações que são conhecidas num partido com pouca implantação no concelho e a nível pessoal, porque o único tempo mais disponível para trabalhar na campanha foram os últimos 12 dias. De resto, a vida profissional diária mantém-se com todas as exigências, e não é fácil ter a mesma disponibilidade que têm os "profissionais" da política.
Pela regra da proporcionalidade, face ao dinheiro que gastámos e às carnes vermelhas que oferecemos, até tivemos mais votos. Se a isto adicionarmos as nossas ideias, a nossa postura e a satisfação do dever comprido - ganhámos.
ResponderEliminarAnónimo: lá estão estes "merdosos" (foi assim que alguém nos tratou) sempre a dizerem que ganharam.
- A CDU é o último reduto da democracia em Ourém. Não há democracia sem a voz das minorias.
comprido?! comprido e cumprido!
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