Um comentário à anterior nota suscita uma exemplificação, apenas em intenção de quem não é economista... mas paga I.M.I.:
o acréscimo de 0,05 pontos percentuais em 0,30% (de 0,3% para 0,35%) representa um acréscimo de 16,67%:
- imóvel avaliado em 100.000€ que pagava 300€ passa a pagar 350€
- imóvel avaliado em 50.000€ que pagava 150€ passa a pagar 175 €
- imóvel avaliado em 33.333€ que pagava 100€ passa a pagar 117€
- imóvel avaliado em 20.000€ que pagava 60€ passa a pagar 70€
A verdade é que há pouco mais de um mês, na campanha eleitoral, já lá estavam estes sinais. Eram discretos, como convinha, para não afastar votos. Mas toda a insistência que o PS fazia no apoio às empresas, a enorme generosidade das propostas de obras, tinha como dedução lógica que alguém teria de financiar.
ResponderEliminarEm tempo da tão excessivamente falada crise, é verdadeiramente simbólico que os impostos desçam (quase imperceptivelmente, é certo) para as empresas com lucros, e que os impostos subam para os cidadãos e empresas que têm propriedades no concelho.
É ainda mais sintomático perceber que isso afecta sobretudo as propriedades reavaliadas nos últimos anos, visto que os antigos "prédios" na sua maioria têm valores patrimoniais não actualizados e, como tal, acabam por não pagar praticamente nada. São aqueles que compraram no concelho há poucos anos é que serão sobrecarregados.
Enfim, alguém tinha de ser alguém a pagar as favas...