domingo, 21 de agosto de 2016

Morreu Paulo Santos (o Paulito)


“…
- … eh!, pá… ‘pera aí, porque é que eu não sou do Partido?...
- … sei lá… tu é que sabes…
- … mas nunca me disseste nada…
- … tu é que tens de dizer, tem de ser a tua vontade. Toma lá os estatutos e o programa, e qualquer dia pergunto-te se queres ser!”

E voltaram os dois à conversa sobre o teatro e os projectos em cena e a encenar porque, com ele, só de teatro se falava. Para ele, a vida, o mundo, a política pelo meio do teatro. Com o outro, a puxar para o Brecht, para o teatro épico, sempre a procurar as pontes para a vida, o mundo, a política.
Por isso:
“…
- … então… queres entrar?
- Quero, camarada!
- Porreiro, camarada,… depois falamos de pormenores…”

E voltaram à peça em encenação, aos problemas, às dificuldades.
Há escassas semanas, nem um mês fez, num desastre brutal, o Paulito morreu. O amigo, o companheiro que nunca recusava fazer parte da lista da CDU, que não faltava a uma Festa do avante!, o camarada que já fora a algumas reuniões partidárias.
Como se sente a sua falta! Um vazio. Frio. Gélido.  
Por incúria nossa, o avante! não o referiu entre os camaradas que faleceram, mas muitos o lembrarão na Festa em que ele não estará.


Dele se falará mais. Aqui e não só!

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