sábado, 23 de novembro de 2013

Asembleia Municipal, de 18.11.2013

Intervenções e declarações de voto para a acta do eleito nas listas da CDU:

01 – Apreciação das actas
O membro do Grupo Por Ourém chamou a atenção para a necessidade da acta 04/2013 referir que o não cumprimento da ordem de trabalhos resultou de decisão da própria assembleia após parecer jurídico.

03.03 – Declaração de voto: “A abstenção de Por Ourém  justifica-se não por questões formais (a ter de serem tidas em atenção na elaboração das certidões do executivo) mas por o problema de fundo remeter para uma certa metodologia de parcerias público-privadas que se considera negativa para o interesse público”.

03.04 – Declaração de voto: “Não se quis quebrar a unanimidade sobre esta matéria mas Por Ourém tem reservas quanto à circunstância de se poder estar a abusar do uso do ajuste directo”.

03.06 a 03.09 – Declaração de voto conjunta pata estes pontos da O.T.: “Quanto às isenções de taxas, Por Ourém anota a falta de fundamentação e a utilização das autorizações como um mero pró-forma homologatório muitas vezes anacrónico”.

03.11 – Intervenção: Por Ourém considera deverem ser tidas em atenção as opções pessoais quanto aos beneficiários das apólices”.

03.12 – Intervenção: “Discutir a derrama nas condições da economia portuguesa é como estar num mundo de ficção. Não é por via de isenções das taxas de derrama que se mobiliza investimento quando o financiamento da economia está sujeito a um garrote e há urgente necessidade de mudar de política, particularmente quando se diminui o mercado interno ao atacar os rendimentos do trabalho e as pensões”.
Declaração de voto: “A abstenção de Por Ourém significa um voto que pretende traduzir a inutilidade destas medidas mais percentagem menos percentagem ou pormilagem”.

03.14 – Declaração de voto: “Com este voto, apenas se deseja sublinhar que se imporia o cuidado noutros níveis, para que tal taxa municipal sobre direitos de passagem não venham a ser facturadas aos utilizadores, pois tal corresponderia a mais um imposto para os mesmos de sempre.”

03.16 – Intervenção: “Tal como em relação à derrama, este imposto municipal tem de ser considerado no contexto global. Por outro lado, é um facto que a recente valorização dos imóveis veio sobrecarregar os respectivos proprietários e aumentar as receitas, mas tal não é ainda quantificável. Por Ourém lamenta não dispor das informações de ordem técnica que levaram o vereador Frazão a mudar de opinião no executivo. Mais uma vez é escassa a informação ao órgão deliberativo. E é relevante a informação do Presidente da Câmara de que há centenas de milhões de património pertença de uma instituição que estão isentos, o que muito prejudica este município”.
Declaração de voto: “Pelas razões expostas na intervenção, Por Ourém abstém-se querendo assim sublinhar a deficiente informação que impede um voto fundamentado, embora tivesse considerado votar contra, o que não fez por os grupos que votaram contra não terem apresentado alternativa fundamentada”.

3.17 – Intervenção: Por Ourém votará a favor por uma questão de eficácia de funcionamento mas chama a atenção para o ponto 3 da deliberação do executivo que o compromete a apresentar informação em cada sessão ordinária desta assembleia com a lista dos compromissos assumidos”.

3.18 – Intervenção: Por Ourém lembra que em sessão homóloga de há um ano se tratou de igual matéria com a deliberação de se proceder a um inventário, o que não aconteceu, vindo agora repetir-se a decisão mas sem esse inventário feito ou para ser feito”.

3.20 – Intervenção: “Este caso da Rua da Murteira dir-se-ia escandaloso. A informação do senhor Presidente da Câmara é correcta mas incompleta e permito-me juntar mais informação. O problema não começa em 2005. Trata-se de uma secular serventia que se tornou em caminho público e depois em rua, com toponímia e luz eléctrica pública, que foi então (digamos) privatizada de facto e ilegal e ilegitimamente, o que levantou protestos e manifestações da população, com acções junto da Junta e Assembleia de Freguesia e da Câmara, o que levou a que o executivo abatesse os muros e outros obstáculos levantados ao acesso à rua. O proprietário das propriedades marginais à rua e que privatizara esta, meteu a Câmara em tribunal e ganhou processo em primeira instância, não tendo sido ouvidas pelo menos alguns testemunhos eventualmente relevantes. A Câmara recorreu, por um seu advogado avençado, para a Relação, em Coimbra, e esse recurso foi, pelo menos que se pode dizer, canhestro. Daqui resultou um acórdão que de novo deu razão ao proprietário privatizador e o mesmo advogado deixou passar prazos sem recorrer, informando incorrecta e deficientemente o seu cliente Câmara. Agora… que fazer quando a população se sente esbulhada de um direito ancestral? O executivo já falou em expropriação, o caso anda na comunicação social, havendo a possibilidade de uma acção popular (a exemplo dos fornos de carvão do Vale da Perra), desde que houvesse condições para isso. Parece-me ser este o ponto da situação”.


3.21 – Intervenção: Por Ourém quer que fique muito claro que não tem nada contra investimento e actividade económica privada. Pelo contrário. O que se tem de se exigir é que se cumpram regras e leis. Não foi um bom princípio a primeira fase do empreendimento a concretizar, e há um problema de desmatação que está em aberto. O argumento da captação de investimento e da criação de postos de trabalho bem como o da concorrência entre municípios não pode sobrepor-se ao interesse geral, ao respeito pelo ambiente, ao bem-estar das populações.” 

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