O eleito pela CDU/Grupo POR OURÉM fez, entre outras e àpartes, as seguintes intervenções:
01.03
Sra.
Presidente e Mesa, sr. Presidente e vereadores, comunicação social e público
presente,
Caros colegas
Tinha a intenção de pedir a palavra quase só para anotar a nova e agradável configuração gráfica da
comunicação escrita do senhor Presidente da Câmara e dos anexos de relatórios
de actividades (de A a P!15 nem menos...) pois o escasso tempo para estudar e comentar tão
extensa documentação para pouco mais dá (e também a precariedade de alguma informação aqui trazida)! Quase prescindi desse pedido dado o ambiente criado, a exigir solidariedade ao colega Valdemar pela morte da sua esposa - a que me associo totalmente -, e ao vereador Nazareno - a que me associo no plano pessoal pois de modo nenhum ponho em causa a sua boa fé e o desajuste da sentença a que foi condenado.
Ainda
assim, insisto e não deixo sem reparo e rejeição o parágrafo da comunicação do senhor
presidente em que ele se permite “chamar
a atenção” desta Assembleia para a necessidade de sermos contidos nas
afirmações proferidas, e abunda nessa chamada de atenção que me parece
absolutamente despropositada.
(...)
Por último, senhora presidente,
desejava ter alguma informação do presidente sobre o contrato e estado do trabalho da
consultadoria com a empresa CESO.
Muito obrigado.
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01.04
Sra.
Presidente e Mesa, Sr. Presidente e vereadores, comunicação social e público
presente,
Caros Colegas
Dizia
o poeta – e cantado foi – que o mundo
pula e avança qual bola colorida entre as mãos de uma criança… (ou de umas
crianças?) E é de susto o que vemos, ouvimos
e lemos e não podemos ignorar, como disse – e cantada foi – a quase-nossa
Sofia.
O
abanão provocado pelo resultado das eleições nos Estados Unidos, se bem que
nada tivesse (ainda) trazido de verdadeiramente novo, veio mostrar, e de forma
risível, o que estava escondido ou não se queria ver… apesar da extensa cauda
do gato.
Na
Europa, que é bem anterior e bem mais que a União Europeia, já houve o drama
grego (que em tragédia se pode tornar…), o Brexit, vai haver as eleições na
Holanda, quase ensaio geral para as da França (os dois países que, dizendo NÃO,
impediram, em 2005, o avanço da chamada Constituição Europeia), com projecções
que se que assustam quem sabe que a História não se repete mas, às vezes, se imita
bem e não são a UE e o euro que evitam o que de pior ela nos conta.
Cá
por Portugal, rebentam falsos e verdadeiros escândalos no mundo das altas
esferas, como o que leva a perguntar (Expresso-curto de hoje) “A fuga dos 10 mil milhões, por exemplo significa o quê?”, a que se seguem 11 perguntas (mais que os 10 zeros dos euros
que se procuram) sem que nenhuma ponha o dedo na ferida da coincidência dessa
falha do controlo do dinheiro grosso enquanto se apertava a rede de apanha do
peixe miúdo, dos rendimentos de cada um de nós.
E
há o resto do Mundo, desde o Brasil à deriva, o Médio Oriente destroçado, a
China a construir, pacientemente, uma Rota da Seda), a África sempre explorada
e dada por esquecida. E falta-nos (isto digo eu!) uma União Soviética que, com
os erros e falhas à sua dimensão fosse equilibradora e alternativa visível e
constrangedora.
Mas…
de que falo eu? Do Mundo, globalizado e cada vez mais interdependente.
Assimetricamente, com desigualdades crescentes e em crescendo. Armado até aos
dentes… que nem um sobraria!
Mas…
desçamos à terra, à nossa, aquela em que somos e de onde devemos ser a parte
infinitesimal que decide o enormérrimo todo.
Sem
catastrofismos, assusta que se faça de tudo um negócio medido em moedas sem
base material, incluso invadindo áreas de espiritualidade e de uma religião que
se quer impor como consensual e ostraciza, na prática social, quem não crê,
fazendo deste país e povo o que a Constituição (art. 41º) impede, e se
estigmatiza noutros países e povos… Estados com religião oficial.
Ainda
referindo a Constituição, tenho uma MOÇÂO a propor:
A
descentralização administrativa tem
por fim assegurar reforço da coesão nacional e solidariedade inter-regional e
promover a eficiência e eficácia da gestão que garanta os direitos das
populações.
Ora,
a descentralização envolve a transferência de atribuições e competências para
as autarquias. Essa transferência para executar acções, serviços ou
investimentos seria mera desconcentração se não incluísse o poder de decidir, e
tem de ser acompanhada dos meios humanos, recursos financeiros e património
adequados ao desempenho das funções transferidas, não podendo consistir, como a
prática tem mostrado, num processo de redução do investimento público e endosso
do ónus de insatisfação e incumprimento para o poder local.
MOÇÃO:
Face
aos projectos de diplomas do governo ora concluídos sobre transferência de
competências e sobre orgânica das CCDR, a AM de Ourém, reunida a 24/02/2017,
delibera:
1. Reafirmar
a descentralização como condição essencial para o desenvolvimento local e regional.
2. Reivindicar
a criação das regiões administrativas, indispensáveis a um processo coerente de
delimitação de responsabilidades entre os vários níveis de administração, a uma
reforma democrática de administração, à defesa da autonomia dos municípios.
3. Exigir
a eliminação de todas as restrições à autonomia do poder local em matéria
financeira, orçamental, organizacional, material e humana.
4. Rejeitar
qualquer nova transferência de atribuições e competências sem garantia da
dotação das autarquias com os meios indispensáveis ao seu pleno exercício,
presente e futuro.
Propunha que se votasse ponto por ponto
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Moção aprovada:
Face aos projectos de diplomas do governo ora concluídos sobre transferência de competências e sobre orgânica das CCDR, a AM de Ourém, reunida a 24/02/2017, delibera:
1. Reafirmar a descentralização como condição essencial para o desenvolvimento local e regional.
2. Reivindicar a criação das regiões administrativas, indispensáveis a um processo coerente de delimitação de responsabilidades entre os vários níveis de administração, a uma reforma democrática de administração, à defesa da autonomia dos municípios.
3. Exigir a eliminação das restrições à autonomia do poder local em matéria financeira, orçamental, organizacional, material e humana.
4. Rejeitar qualquer nova transferência de atribuições e competências sem garantia da dotação das autarquias com os meios indispensáveis ao seu pleno exercício, presente e futuro.
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02.06 a 02.08
Abstenções e declaração de voto comum;
Coerentemente com votações em sessões anteriores, o eleito do Grupo Por Ourém absteve-se não por estar contra o pedido de reconhecimento de interesse público pelas empresas que o fizeram mas por não concordar com o processo e estar contra a banalização do conceito de interesse público.
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02.15
Intervenção
O eleito do Grupo Por Ourém tem sempre reservas quanto a regulamentações de horários de funcionamento não suficientemente articuladas com regulamentação laboral em particular horários de trabalho. Consultada a informação distribuída, e apesar do período de consulta pública e ter sido ouvido a parte sindical, abstém-se por não ter conhecimento do resultado dessa e dessa audição. E faz desta observação a sua declaração de voto.
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02.17
Intervenção
Sem entrar em contradição com o já afirmado quanto a banalização do conceito de interesse público, e apesar da pertinência das reservas levantadas pelo dr. Júlio Henriques, voto favoravelmente este ponto pelo interesse público que entende ter a resolução do problema das instalações dos Bombeiros Voluntários de Fátima.
Declaração de voto
Já depois do voto, e por só então ter tido conhecimento - por informação de outro eleito, em sua declaração de voto - do desacordo do presidente da Junta de Fátima (ausente na discussão e votação deste ponto), o eleito do Grupo Por Ourém, embora não queira rever a posição tomada, lamenta as condições de deficiente informação em que a tomou.
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