domingo, 29 de dezembro de 2013

AM de 27.12.2013 - para a acta - 6

Esta é a última transcrição de intervenção e  declaração de voto do eleito pela CDU, como Grupo Por Ourém, em tema da maior relevância para a gestão autárquica, para o Poder Local.

AM27.12.2013
02.10 a 02.13
(OurémViva)

Estes quatro pontos da Ordem de Trabalhos, por todas as razões (e também pelo adiantado da hora e o cansaço – que não o meu…), podem ser juntos numa mesma intervenção.
Apenas para dizer que se quer sublinhar questões de princípio.
Estamos contra as "engenharias e arquitecturas financeiras" que estão implícitas nas parcerias com o Poder Local, seja pela criação de empresas municipais enquanto parceiras, seja com empresas ou entidades privadas.
Sempre o dissemos e a evolução das coisas tem-nos dado razão. O que não nos alegra! Preferíamos não ter razão à posteriori e não termos, todos!, que pagar os custos (e as custas) das nossas razões não terem sido ouvidas.
Lembro-me, pessoalmente, da primeira empresa municipal aqui criada (era – só! – para VerOurém, para a comunicação municipal…), e do que então disse e votei, e melhor ainda recordo a apresentação das “milagrosas” parcerias público-privadas, fórmula de que não sabemos como nos livrar e todo o ónus que nos faz acarretar (exemplo, MaisOurém).

Não quer isto dizer que, por princípio, estejamos contra as empresas municipais. Não podem é ser mais e maiores que a entidade autárquica, município ou freguesia, única legitima enquanto entidade democrática. Nunca poderão, as empresas municipais, ser mais que um complemento, nunca uma substituição.
Depois, há que distinguir entre serviço público e serviço de interesse geral (ando com esta "moenga" há décadas, desde os anos 90, no Parlamento Europeu.)
Em resumo, em propostas de contratos programa e de prestações de serviços (de 17 para 21) com a OurémViva, se estão a ultrapassar 16% (dos quais 23% em IVA não reembolsável) das despesas correntes totais orçamentadas para o município enquanto tal, estarão a passar-se limites.
E não digo mais mas, no que for competência desta Assembleia para votar, Por Ourém votará contra. Como travão e sinal, aliás no sentido que o Presidente da Câmara referiu ao falar de empresas municipais.

Declaração de voto comum

Mudei o sentido de voto depois de ouvir a exposição e as explicações do presidente do Conselho de Administração da OurémViva. Não por ter alterado a posição que fundamentava a intenção de votar contra. Por ter acrescentado dados à convicção da ofensiva contra o Poder Local, e que essa ofensiva também passa, via PAEL e outras “maquinações”, pela destruição da sustentabilidade de empresas municipais, em particular das que possam preservar a condição de complementaridade relativamente à gestão. 
Por isso, participei e votei favoravelmente no que respeita ao Conselho de Administração e abstive-me nas outras deliberações, mantendo e reforçando o sinal que se pretende dar mas privilegiando ainda mais a defesa do Poder Local face ao ataque contínuo, e por diversas formas como metas PAEL, que lhe é feito.  

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