EDITORIAL
O curso de História não é uma
linha recta. Faz-se com avanços e recuos. De 2009 a 2013, vivemos um período de
retrocesso económico e social, até civilizacional. Em Ourém, nossa terra, e no
mundo, nossa Terra. A especulação desenfreada que há décadas domina as relações
sociais atingiu patamares de que os mais ricos vão saindo mais ricos e de onde
os pobres e os estratos médios descem largos degraus e são cada vez mais. É, à
escala do tempo histórico, um curto período, que terá duração mais extensa ou
mais curta dependendo da acção de cada um.
No Poder Local, conquista
democrática que fez com que, desde 1974, os cidadãos, aqui em Portugal, aqui em
Ourém, escolham entre si quem os deve representar nos órgãos executivos e
deliberativos das freguesia e dos concelhos, sofreu um rude golpe no ataque que
os interesses estabelecidos fazem, há décadas, ao que o povo conquistou para
gerir, de forma participada, a sua vida, os seus dias-a-dias. Alguns
grupos e partidos tomaram o poder e nele alternam como se a escolha se
limitasse a trocar os que melhor fazem o mesmo mal, os que mais eficazmente
usam o poder, que em democracia é do povo, para tirar poder ao povo.
Depois do que foram estes quatro
anos, em que, contra a vontade expressa de todos, entre outras malfeitorias, se
extinguiram 9 freguesias no nosso concelho e as substituíram por 4 uniões
criadas à podoa, nestas eleições temos a oportunidade de exprimir, pelo
voto, a nossa posição. Posição que recusa a alternância, os clientelismos, as
auditorias e os congressos de que não se divulgam resultados e para nada
servem, por mais caros que sejam.
A CDU apresenta-se como alternativa.
Com vontade de trabalhar nos órgãos autárquicos, com listas compostas por quem
não procura qualquer vantagem pessoal, que quer estimular a participação de
todos, sem defender interesses pessoais ou de grupos. Assim nos apresentamos às
eleições. Modestos, sem escandalosos gastos de promoção de caras, com muita
informação e ideias para discutir e realizar com a colaboração de todos.
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